quarta-feira, 7 de março de 2012

Construção: 60 mil empregos em risco

Várias associações da construção estão esta terça-feira no Parlamento responder às perguntas dos deputados da comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas sobre o setor, que pode perder entre 50 a 60 mil trabalhadores até setembro. Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), estimou já que este ano sejam perdidas mais 12 mil empresas no sector.

O presidente da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), Ricardo Pedrosa Gomes, disse na segunda-feira à Lusa que as empresas de construção poderão perder entre 50 e 60 mil trabalhadores até setembro, devido à conclusão das obras no âmbito do programa Parque Escolar e das parcerias-público privadas (PPP) nas concessões rodoviárias.

O setor tem uma conjugação de três enormes problemas: dívidas em atraso que não são pagas pelo Estado, restrições e dificuldades no acesso ao crédito e ausência de mercado de trabalho. A conjugação destes três fatores coloca-nos numa situação de sangria completa das empresas», afirmou o presidente da FEPICOP, Ricardo Pedrosa Gomes.

Além da FEPICOP, estarão no Parlamento, a pedido do PCP, representantes da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

De acordo com os últimos dados divulgados pela Coface, em 2011, as insolvências na construção afetaram um total de 1.138 empresas, uma subida de 17,3 por cento em relação ao ano anterior.

O emprego na construção atingiu no final do ano transato o mínimo dos últimos 14 anos»: 418 mil trabalhadores, segundo dados divulgados pelas associações do setor.

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