sexta-feira, 23 de março de 2012

Coordenador da Rio+20 afirma que Brasil deve liderar sustentabilidade



Foto: Imagem Paulista
Coordenador-executivo da Rio+20 defende criação de Órgão da ONU para Meio Ambiente
O coordenador-executivo da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), Brice Lalonde, disse nesta quinta-feira (22) que o Brasil deveria assumir a liderança “tendo jovens tão entusiastas com a sustentabilidade”.
“Para mim, a Rio+20 será uma oportunidade. Muitas pessoas querem ação, não só palavras. Agora é hora de por em prática. Porém, ações e soluções vêm das pessoas e dos chefes de estado e não só dos diplomatas”, disse Lalonde em coletiva de imprensa no Fórum Mundial de Sustentabilidade, que ocorre até sábado (24), em Manaus.
“Eu espero que na Rio+20 todos os países cheguem a um acordo de trabalho que possa ser cumprido nos próximos 20 anos e que as nações criem objetivos para atingir uma economia sustentável tratando também de alimentos, energia e solidariedade social para que se tome decisões sustentável em todos os níveis”, disse.
Ele afirmou que na ECO 92 as pessoas achavam que o problema em relação à sustentabilidade era que ninguém se preocupava em cuidar da natureza e do planeta. “Depois da conferência, vimos que tudo era ainda mais complicado pois, a realidade é mais difícil do que pensávamos naquele momento”, disse.
Novo órgão: Agência Nacional de Águas questiona relevância do tema na Rio+20
O ex-ministro de Ambiente da França disse também que não é possível falar de desenvolvimento sustentável com corrupção. Lalonde afirmou que governança será um dos temas da Rio+20 e que a partir a conferência pretende combater a corrupção. “Isso não é a solução para o problema, mas ajuda em grande parte”, disse.
Questionado sobre a proposta de criação de um novo órgão na ONU para o Meio Ambiente, nos moldes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Lalonde disse que a iniciativa é essencial para que países possam estabelecer prioridade sobre o assunto. “Neste momento nós só temos um programa e por meio dele os países não podem tomar decisões. Eles acabam criando convenções à medida que vão encontrando um problema. O que precisamos é de um lugar para tomar boas decisões, mas não podemos confrontar desenvolvimento e meio ambiente, nós precisamos de uma agência de Meio ambiente com um conselho de desenvolvimento sustentável”, disse.

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