Arquiteto espanhol e físico brasileiro apresentam Museu do Amanhã no Rio
Com uma apresentação cheia de imagens futurísticas e de conceitos tanto científicos quanto filosóficos, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava e o físico brasileiro Luiz Alberto Oliveira, respectivamente criador e curador do Museu do Amanhã, revelaram hoje o conteúdo da instituição, que está sendo construída na zona portuária do Rio.
Com uma apresentação cheia de imagens futurísticas e de conceitos tanto científicos quanto filosóficos, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava e o físico brasileiro Luiz Alberto Oliveira, respectivamente criador e curador do Museu do Amanhã, revelaram hoje o conteúdo da instituição, que está sendo construída na zona portuária do Rio.

Com inauguração prevista para maio de 2014, o Museu do Amanhã propõe ser um "local de exploração de possibilidades" e vai oferecer ao visitante uma caminhada interativa
Com a proposta de ser um "museu de exploração de possibilidades", o lugar vai oferecer ao visitante uma caminhada interativa que mostrará como ele poderá viver e moldar os próximos 50 anos, dependendo do tipo de ação que tomar no presente.
"O Museu do Amanhã se inscreve
na tradição dos museus experienciais, como o do Museu do Futebol e o da
Língua Portuguesa. Diferentemente dos museus que exibem acervo para que
o visitante o contemple, ele vai ser um lugar de experiências, terá
equipamentos para que o visitante possa explorar as possibilidades do
amanhã", disse Oliveira, que também é pesquisador do Centro Brasileiro
de Pesquisas Físicas (CBPF). "O fundamento conceitual do museu é que o
amanhã não é uma data do calendário ou um lugar, é uma construção
coletiva da nossa civilização. A ideia é que o visitante tenha uma
experiência em uma espécie de portal do tempo que conecte o hoje, onde
as ações são realizadas, com os possíveis futuros a que essas ações
podem conduzir."
Com inauguração prevista para maio de 2014 (inicialmente,
havia sido planejado para abrigar a Rio+20, em junho próximo, mas as
obras atrasaram), o museu pertence à Prefeitura do Rio e está orçado em
R$ 215 milhões, que serão pagos por meio de uma PPP (parceria
público-privada); ele receberá ainda R$ 65 milhões de patrocínio do banco Santander.
Ocupando uma área de 15 mil m², o edifício terá um longo formato
horizontal e dois andares: o primeiro abrigará um auditório para 400
pessoas e a parte administrativa, e o segundo terá a exposição. Descrita
como uma "experiência", ela terá um percurso que passará por quatro
grandes áreas: o "sempre" (o cosmos, o universo astronômico e o
microverso das partículas), o "ontem" (o contexto que explica como
chegamos ao estágio atual), o "hoje" (o antropoceno, a era em que a
humanidade se tornou uma força geológica) e o "amanhã" (as
possibilidades de futuro). Cada área tem subdivisões, num total de 21
grandes "experiências" que incluirão projeções tridimensionais, telas
interativas de até 40m e cenários e simulações de possíveis futuros.
"É um projeto tão audaz que parte do hoje para o amanhã, não para o
passado. Nesse sentido, é como a arquitetura, que se preocupa com o
legado, não construímos pensando apenas no agora, mas em anos à frente",
disse Santiago Calavera.
O arquiteto espanhol também destacou como a construção do museu faz parte do projeto de revitalização da zona portuária do Rio.
"É importante entender o edifício como parte de um contexto, o museu
dialoga com a cidade. Não se trata apenas de criar um edifício especial,
mas de chamar a atenção para toda a área circundante, valorizando a
praça Mauá, criando um passeio arquitetônico ao redor do museu que seja
ele mesmo uma lição de sustentabilidade."
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