Há algum tempo, o tema sustentabilidade é destaque e ganha cada vez
mais espaço em nossa sociedade. Com a conscientização da população em
relação ao assunto, as empresas começam, pouco a pouco, a serem
beneficiadas ou penalizadas por suas ações, de acordo com suas práticas
sustentáveis. E essa percepção de sustentabilidade também começa a
influenciar o mercado financeiro.
Sustentabilidade em uma empresa vai além das ações de preservação da
natureza, tema muito comum hoje. Uma empresa, para ser sustentável, deve
praticar ações que gerem resultados econômicos, sociais e ambientais.
Não basta plantar árvores. Ser sustentável também implica em questões de
governança corporativa, tanto interna como externa, e implica em gestão
e ações transparentes.
Nas finanças, uma companhia não sustentável, sem governança
corporativa, começa a encontrar dificuldades em conquistar mercado, em
ampliar seu market share e em captação de recursos. Em um futuro muito
próximo, empresas sustentáveis terão um custo de captação de recursos
muito mais baixo que empresas não reconhecidas por suas ações
sustentáveis - movimento que também já começa a ser visto.
Nesse ambiente, o investidor também está começando a avaliar as
companhias de capital aberto por este ângulo. É um movimento
embrionário, mas que não tem volta, e se intensificará a cada dia. E,
neste sentido, as corretoras têm um papel fundamental para a
disseminação de informação por meio de análises das empresas e de
carteiras de investimentos recomendadas.
No que se refere aos investimentos, outro ponto muito importante deve
ser analisado: a relação entre rentabilidade e sustentabilidade. Um
investidor, seja ele individual ou institucional, não aplicaria seus
recursos em uma companhia que comete atrocidades.
Para os investidores institucionais, já existe, inclusive, fundos de
investimentos específicos com esse perfil. Para os individuais, ainda
não há demanda para isso, mas acredito ser questão apenas de tempo.
Uma empresa sustentável gera benefícios para ela mesma, para os
investidores e para a sociedade. Para a empresa, ao ser sustentável, há o
fortalecimento da marca. Com isso, se necessitar de crédito, por
exemplo, será mais fácil e mais barato consegui-lo, pois a percepção de
risco da empresa será melhor.
Já os investidores, com uma perspectiva melhor para a empresa, também
se beneficiarão. Afinal, é provável que as ações da companhia terão uma
trajetória de valorização no longo prazo. Ou seja, ganha a empresa, o
investidor e a sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário