Em palestra no Brasil, especialista belgo ressalta problemas e destaca novas tecnologias para o segmento
Fundação em hélice contínua
Um dos maiores problemas encontrados nas fundações e contenções na Europa, países baixos e provavelmente no Brasil é a execução. Isso é o que acredita Maurice Bottiau, da empresa FFGB, da Bélgica, palestrante do Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia.
Nas estacas hélice contínua, por exemplo, como há muitos sistemas diferentes, é preciso intenso estudo do solo, assim como o controle durante a execução. Segundo Bottiau, a Alemanha lançou um manual que reavalia o processo de execução das fundações, com foco no controle da execução e na interação projeto-execução. O manual terá uma versão em inglês até o final do ano, de acordo o palestrante.
Bottiau também fez um alerta de como é preciso melhorar a compreensão dos efeitos da instalação de uma fundação. "Às vezes a tecnologia avança mais rápido, então devemos nos preocupar em converter os resultados em fatores de instalação", disse.
Outro item que merece atenção é o fator de segurança. "É preciso saber o que representa os fatores de segurança. Devemos diferenciar os fatores de execução com os fatores de segurança", ressaltou.
Sua palestra de Tendências Internacionais na solução de fundações também destacou algumas inovações no segmento, como cravamento de estacas com vibrador e, o que pode ser considerado como um passo além desta técnica, o cravamento com vibração ressonante, cuja frequência começa em 50 Hz e pode chegar até 100 Hz.
Outro desenvolvimento recente são as estacas energéticas (energy piles) que fazem troca de energia com o solo, aproveitando a energia térmica. Mas para Bottiau, pelo menos por enquanto, esta inovação só é válida no caso de estacas longas.
Também foram citadas estacas macaqueadas e fluidos de perfuração para estacas escavadas (bentoneta e polímeros, este ainda incipiente e com alguns resultados não satisfatórios pelo mundo).
Fonte: piniweb
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