A impermeabilização consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger uma determinada área do projeto contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou, no caso desta postagem, proporcionar estanqueidade a uma piscina ou reservatório. Existem três sistemas impermeabilizantes: rígidos, semi-flexíveis e flexíveis. O sistema aqui descrito é do tipo flexível, utilizando-se manta asfáltica.
A manta, apresentada em rolos de 1 metro de largura, é constituída de asfalto modificado com polímeros, podendo incluir componentes estruturadores (fibra de vidro, polietileno ou poliéster) e é geralmente utilizada para impermeabilizar estruturas com grandes variações térmicas e que necessitam de resistência e durabilidade. O outro material utilizado nessa obra é o cimento asfáltico policondensado (que é vendido em sacos).
Antes de a piscina receber a impermeabilização são necessários alguns acabamentos como: varrição para remoção de impurezas e pó das superfícies e regularização das quinas com argamassa de cimento (tornando-as chanfradas, pois cantos vivos podem romper a manta). As partes adjacentes a ralos e entradas de água são, ainda, rebaixadas para receber camadas extras de reforço da impermeabilização. Após estes serviços, é aplicada uma camada de emulsão asfáltica (o primer) com rolo em toda a extensão que receberá a manta.
O tratamento das áreas rebaixadas é realizado em três camadas. Coloca-se sobre o primer uma camada de tecido TNT com um recorte que coincida com a tubulação. O tecido TNT é pouco poroso, não permitindo a passagem de água e proporcionando maior estanqueidade ao local em questão.
A segunda camada aplicada é a do cimento asfáltico, que é derretido em caldeiras (recipientes com base aquecida por bocal tipo labareda, alimentado por um botijão P-5). Após sua fusão, o cimento asfáltico é transferido para baldes metálicos e transportado para o local, onde é aplicado com uma espécie de vassoura elaborada no próprio local com pedaços de feltro ou assemelhados.
A terceira camada é a manta asfáltica. Os rolos são estendidos por toda a superfície a ser coberta e as mantas sobrepostas entre si, de acordo com a especificação do fabricante. A junção entre as mantas e destas com o primer é obtida através de fusão, empregando-se um maçarico.
Após concluído o serviço, deixa-se a superfície em repouso para secagem por pelo menos 72 horas e então pode-se realizar testes de estanqueidade, conforme a NBR 9575/1998 – Impermeabilização – Seleção e Projeto (item 4.5). Esse teste é realizado enchendo-se a piscina de água e verificando se existem falhas na impermeabilização. Caso esteja tudo certo com a impermeabilização, é liberado o início do processo de revestimento da superfície, que em piscinas é normalmente feito com peças cerâmicas.
Fonte: http://www.ufrgs.br
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