Um cemitério na Suécia. Um escola flutuante na Nigéria. Uma fachada de ferro fundido no Reino Unido. A enorme e divergente lista de nomeados ao premio anual do Design Museum faz você se questionar: como alguém consegue escolher apenas um edifício para representar uma profissão tão ampla?
Um pouco de pano de fundo: todos os anos, o Design Museum escolhe um grupo de candidatos ao seu prêmio de Melhor Design do Ano – eles exaltam gêneros como design de produtos e design de experiência de usuário, assim como arquitetura. Em abril, eles anunciarão um vencedor – ano passado, foi um site governamental – mas seria bem legal ver um prédio ganhar neste ano.
Você pode não ligar para a existência do prêmio -afinal, é uma forma de gerar publicidade para o museu. Mas, por outro lado, também nos dá uma chance de conhecer diversas peças interessantes de design que normalmente não chegam até nós. Confira alguns indicados abaixo:
Fachada da Paul Smith Store, por 6a Architects
Ornamentação de ferro fundido não é algo visto com frequência em prédios deste século – mas esta fachada decorativa espetacular revive uma arte perdida, criando “um nítido contraste com as casas georgianas vizinhas”, diz o júri. “Um padrão sinuoso de círculos de bloqueio coloca um giro abstrato em uma forma clássica regencial, enquanto janelas curvas acenam para o vidro das galerias próximas.”
Escola flutuante Makoko, Nigéria, por NLÉ e a Equipe de Construção Comunitária Makoko
Estruturas flutuantes estão em forma de protótipo em muitas partes do mundo, conforme o nível das enchentes sobe em países de baixa altitude. Em Makoko, uma comunidade aquática na Nigéria, materiais baratos e conhecimento local criaram este modelo para uma construção que, em teoria, pode ser reproduzida em áreas costeiras ao redor do mundo inteiro.
O novo crematório no Cemitério Woodland em Estocolmo, na Suécia, de Johan Celsing
“Construído em um terreno ondulado em uma seção de madeira selvagem do cemitério Woodland, o novo crematório conta com concreto branco exposto e tijolos brancos em uma construção que é ao mesmo tempo robusta e sensível”, diz o juri ao explicar as qualidades desde crematório.
Pousada Wa Shan em Hangzhou, na China, por Wang Shu
Wang Shu, vencedor do Prêmio Pritzker do ano passado, construiu esta pousada na Academia de Arte da China. Uma jogada surpreendente de materialismo e artesanato criam um edifício fascinante, mas discreto.
Igreja St. Moritz, em Augsburg, na Alemanha, por John Pawson
Uma antiga igreja barroca em Augsburg aparentemente é uma adição improvável para a lista – mas a reformulação feita pelo arquiteto John Pawson em seu interior é belíssima e esparsa, “chamando a atenção para o ‘limiar para a transcendência’, que é concebida como um quarto de luz.”
Midiateca Mont de Marsan, por archi5
“Permanentemente em um quadrilátero militar austero, a biblioteca de mídia é um símbolo culturalmente edificante”, dizem os curadores da contribuição da archi5 para a lista. “Projetada como uma praça cultural coberta, seus planos transparentes generosamente abrem para a vista do público.”
Centro Heydar Aliyev em Baku, Azerbaijão, por Zaha Hadid e Patrik Schumacher
Zada Hadid elaborou o Centro Heydar Aliyev – uma construção controversa em Baku, uma cidade com uma grande quantidade de elefantes brancos em arquitetura. “Ondulações elaboradas, bifurcações, dobras e inflexões modificaram esta superfície de praça em um cenário arquitetônico que realidade diversas funções.”
Frac Nord-Pas De Calais, em Dunquerque, na França, por Anne Lacaton e Jean Philippe Vassal
Uma antiga doca seca foi o lar desta renovação impressionante: os armazéns antigos foram transformados em centros de arte contemporânea cheios de galerias e espaços para eventos. O teto transparente é incrível:
Frac Centre em Orleans, na França, por Jakob + MacFarlane
Tem uma fachada facetada, e cada painel é incorporado com minúsculos LEDs que mudam para transmitir dados:
Museu Jumex, na Cidade do México, por David Chipperfield
Situada diretamente adjacente a um dos edifícios mais extravagantes da memória recente – o Museu Soumaya, de Fernando Romero, construído para Carlos Slim – o Museu Jumex é um contraponto austero. O teto em dente de serra industrial é agradável, também.
Newhall Be em Harlow, Essex, por Alison Brooks Architects
Um dos poucos complexos residenciais da lista, este conjunto de 84 unidades pré-fabricadas foi nomeado por seu “plano altamente eficiente para maximizar o espaço de estar e a flexibilidade de casas individuais”.
Praça das Artes em São Paulo, por Brasil Arquitetura
Um espaço complexo no centro de São Paulo que liga edifícios mais antigos a uma estrutura mais nova – uma tarefa difícil, considerando o significado histórico dos edifícios remanescentes.
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