A campanha salarial dos operários da construção civil pode
ganhar um novo rumo nesta quarta-feira, 25. Em assembleia geral da
categoria, marcada para 18h, deve ser votado um indicativo de greve por tempo indeterminado.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da
Região Metropolitana de Fortaleza (Sticcrmf), promete parar 650
canteiros de obras com uma média de 59 mil trabalhadores na capital e
região.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana
de Fortaleza (Sticcrmf), Nestor Bezerra, os trabalhadores continuam
abertos à negociação. “Estamos aguardando que a patronal tenha respeito
pela categoria e abra uma proposta para os trabalhadores”, disse.
Os
trabalhadores não deverão mudar a pauta de reivindicações. “Não tem como
baixar mais”, acrescentou Bezerra. Os operários solicitaram um reajuste
de 17%, cesta básica de R$ 80 e plano de saúde. As construtoras
oferecem 6,5% e cesta de R$ 40. As negociações foram encerradas na
última sexta-feira, 13, e desde então os trabalhadores continuam fazendo
paralisações nas obras e mobilizações pela cidade.
A mobilização
desta terça-feira, 24, unificou cerca de quatro mil trabalhadores de
obras da Beira Mar, Varjota e Praia do Futuro, segundo dados do
Sticcrmf. Para quarta-feira, 25, estão sendo esperados cerca de 1,5 mil
representantes de várias obras.
O presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon- CE), Roberto Sérgio,
disse ser um direito dos trabalhadores entrarem em greve e reafirmou que
as negociações só poderão ser retomadas se os operários começarem a
ceder em suas exigências e pararem com as ações contra os canteiros de obra. “Fortaleza que vai sofrer. Vão quebrar a cidade, essa é a nossa expectativa”.
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