Depois de paralisarem as obras em cerca de 20 construtoras na manhã de segunda-feira, 2, os trabalhadores da construção civil voltaram às atividades normalmente nesta terça-feira, 3. A denúncia de que as construtoras não estariam cumprindo o acordo firmado depois
da última greve está sendo apurada caso a caso pelo Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana
de Fortaleza (Sticcrmf).
Em reunião na manhã desta terça-feira, o
sindicato dos trabalhadores se reuniu com os representantes do
Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon- CE).
Segundo o coordenador geral do Sticcrmf, Nestor Bezerra, na reunião foi
definido que serão realizadas investigações para detectar se há
irregularidades.
“Conversamos para relatar os problemas e
verificamos que houve alguns mal entendidos. Vamos ver as folhas de
pagamento das empresas. Se detectarmos que algo está errado, aí sim vai
ter paralisação”, destacou.
Bezerra destacou que são casos
diferenciados e que pelo menos 10 construtoras serão investigadas.
“Vamos verificar empresa por empresa”, completou.
Equívocos
Segundo
o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira, "houve um
problema de equívoco matemático". Segundo ele, na reunião foi detectado
que não havia descumprimento do acordo. "Pararam 30 canteiros ontem
(segunda-feira, 2) por conta disso, mas na reunião o que aconteceu é que
eles concluíram que temos razão. Não estamos infringindo o acordo",
destacou.
Roberto Sérgio explicou que serão descontados os 32
dias parados em cinco parcelas. A primeira venceu no dia 30 de junho e
as demais ficam para os meses seguintes.
Na segunda-feira,2, o
Sinduscon-Ce enviou nota informando que não há descumprimento dos termos
do acordo coletivo firmado, que estabelece o pagamento de adiantamento
de parte do salário e desconto dos dias parados, a realizado em
parcelas.
“Algumas empresas, por questões técnicas de elaboração
da folha não descontaram os dias parados no inicio da do movimento e
foi feito o adiantamento integral do período da paralisação, gerando uma
duplicidade que está sendo normalizada agora”, segundo a nota.
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