O governador Geraldo Alckmin autorizou, 19 de junho de 2013, o início de novas obras de coleta e tratamento de esgoto em seis cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Além da capital, serão contempladas Arujá, Barueri, Itaquaquecetuba, São Bernardo do Campo e Suzano.
As novas obras vão beneficiar 3,5 milhões de moradores com esgoto coletado e tratado. O investimento de R$ 756 milhões contribuirá para despoluir o Tietê e seus afluentes, como os rios Pinheiros, em São Paulo, e Tamanduateí, em São Bernardo; e os córregos Baquirivu (Arujá); Cabuçu de Cima e Oratório (capital); Perová (Itaquaquecetuba) e Vila São José (Barueri).
O pacote faz parte das ações da Sabesp para despoluir o Tietê e os demais rios e córregos da Grande São Paulo. São 564 intervenções em andamento, espalhadas por 27 cidades. As obras incluem a construção ou ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), instalação de novas tubulações de grande porte (interceptores e coletores-tronco), aumento das redes coletoras nos bairros e novas ligações domiciliares. Com isso, o esgoto gerado nas casas, prédios, comércio e indústria é encaminhado até o tratamento, sendo devolvido despoluído à natureza.
A meta do Governo do Estado e da Sabesp é garantir, até o final da década, água potável, coleta e tratamento de esgoto nas cidades atendidas. Com investimentos do Projeto Tietê e de programas como Vida Nova/Mananciais e Córrego Limpo, a companhia instala toda a infraestrutura para coletar e transportar o esgoto das áreas regulares até as estações de tratamento. Entre 2011 e 2015 estão sendo aplicados US$ 2 bilhões.
Outra iniciativa do Governo do Estado e da Sabesp é o Programa Se Liga na Rede. A iniciativa faz, de graça, obras dentro dos imóveis das famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de esgoto. Até 2014, mais de 40 mil moradias serão conectadas à rede. Todo o projeto prevê 192 mil ligações, beneficiando 800 mil pessoas no Estado e ampliando o resultado dos investimentos bilionários em andamento, já que mais esgoto será enviado para tratamento.
Compromisso de todos nós
Compromisso de todos nós
As obras de infraestrutura de saneamento básico tiveram início em 1995, com o Projeto Tietê, e estarão concluídas em 25 anos (a despoluição do rio Tâmisa, na Inglaterra, levou 100 anos e a do rio Sena, na França, 70 anos; o Potomac, em Washington, EUA, levará mais de 150 anos). A mancha de poluição do rio Tietê recuou 160 km, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. Se antes chegava a Barra Bonita (260 km da capital), hoje está em Salto (100 km de SP). Cidades como Porto Feliz, Tietê, Anhembi e Barra Bonita voltaram a ter lazer, pesca e turismo no rio.
Mas a despoluição do Tietê e dos demais rios da Grande São Paulo depende de muitas outras ações. A sujeira vem também do lixo jogado nas ruas ou mal varrido, das ligações clandestinas de esgoto, da regularização de imóveis em área irregular. A fuligem dos carros e a poluição do ar, por exemplo, são levadas para dentro dos rios quando chove. Assim como as fezes de animais e as bitucas de cigarro. Limpar o Tietê é um compromisso de todos nós.
A limpeza dos rios depende também das obras de outras empresas de saneamento. O Tietê recebe água de 34 das 39 cidades da Grande São Paulo (Guararema, Juquitiba, Santa Isabel, São Lourenço da Serra e Vargem Grande Paulista não fazem parte da bacia do Alto Tietê). A Sabesp atua em 28 desses 34 municípios. Nos outros seis (Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Santo André e São Caetano do Sul), onde vivem 3 milhões de pessoas, também é preciso coletar e tratar todo o esgoto. Dessas, São Caetano destaca-se por enviar todo o esgoto para tratamento na ETE ABC, da Sabesp.
As novas obras
As novas obras
Toda a Região Metropolitana de São Paulo
Uma das obras autorizadas pelo governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira é a ampliação da capacidade de tratamento da ETE Barueri, que chegará a 16 mil litros por segundo. Hoje a estação trata o esgoto de 4,5 milhões de pessoas. Com o investimento, passará a tratar o esgoto de mais 3 milhões de moradores dos bairros próximos ao rio Pinheiros e de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra. O investimento de R$ 355 milhões vai ainda mais longe, pois é fundamental na despoluição do rio Tietê na Grande São Paulo.
Arujá e Itaquaquecetuba
Novos coletores-tronco também vão enviar para tratamento os esgotos do Caputera e do Distrito Industrial, em Arujá, e do Jardim Caiuby, Jardim Maragogipe, Jardim Odete, Jardim Pinheirinho e Vila São Carlos, em Itaquaquecetuba.
Barueri
Em Barueri, serão instalados o coletor-tronco Dom José e o interceptor Tietê ITi-4. Com isso, 70 mil moradores da Chácara Marco, Jardim dos Camargos, Jardim Tupancy, Jardim Esperança, Jardim Silvestre e Vila Porto terão seus esgotos enviados para tratamento. A obra custará R$ 28 milhões.
São Bernardo do Campo
Serão implantadas grandes tubulações em São Bernardo do Campo, na região da Anchieta, no Centro, no Demarchi e no Riacho Grande.
São Paulo
Na capital, serão instalados novos coletores-tronco na zona norte (Jaçanã, Parada Inglesa, Tremembé, Tucuruvi, Vila Mazzei, Vila Gustavo e Vila Medeiros) e na zona sul (Jardim Celeste, Jardim Santa Emília, Parque Bristol e Vila Liviero). Além disso, haverá reforço nas redes coletoras e novas ligações residenciais de esgoto nas regiões do Ipiranga, Jardins, Mooca e São Mateus.
Suzano
Ganhará coletores-tronco para enviar para tratamento o esgoto dos bairros Boa Vista e Jardim São José, na zona norte da cidade.
Mais saúde e valorização dos imóveis
O investimento em saneamento é garantia de mais saúde para a população. Entre os principais benefícios de ter coleta e tratamento de esgoto está a redução dos gastos em saúde e da mortalidade infantil. O índice no Estado de São Paulo em 2011 ficou em 11,5 óbitos de crianças com menos de um ano a cada mil nascidas vivas, contra 31,2 em 1990. A queda foi de 63% nesse período. Um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) também corrobora os benefícios: mostra que, para cada R$ 1 investido em saneamento, são economizados R$ 4 com gastos em saúde.
O acesso à rede de esgoto garante ainda valorização média de 18% no valor dos imóveis, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Trata Brasil.
Fonte: Sabesp (Tratamento de Água)
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