sexta-feira, 28 de junho de 2013

Governo de São Paulo inicia 6 grandes obras do projeto Tietê

O governador Geraldo Alckmin autorizou, 19 de junho de 2013, o início de novas obras de coleta e tratamento de esgoto em seis cidades da Região Metropolitana de São Paulo. Além da capital, serão contempladas Arujá, Barueri, Itaquaquecetuba, São Bernardo do Campo e Suzano.
As novas obras vão beneficiar 3,5 milhões de moradores com esgoto coletado e tratado. O investimento de R$ 756 milhões contribuirá para despoluir o Tietê e seus afluentes, como os rios Pinheiros, em São Paulo, e Tamanduateí, em São Bernardo; e os córregos Baquirivu (Arujá); Cabuçu de Cima e Oratório (capital); Perová (Itaquaquecetuba) e Vila São José (Barueri).
O pacote faz parte das ações da Sabesp para despoluir o Tietê e os demais rios e córregos da Grande São Paulo. São 564 intervenções em andamento, espalhadas por 27 cidades. As obras incluem a construção ou ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), instalação de novas tubulações de grande porte (interceptores e coletores-tronco), aumento das redes coletoras nos bairros e novas ligações domiciliares. Com isso, o esgoto gerado nas casas, prédios, comércio e indústria é encaminhado até o tratamento, sendo devolvido despoluído à natureza.
A meta do Governo do Estado e da Sabesp é garantir, até o final da década, água potável, coleta e tratamento de esgoto nas cidades atendidas. Com investimentos do Projeto Tietê e de programas como Vida Nova/Mananciais e Córrego Limpo, a companhia instala toda a infraestrutura para coletar e transportar o esgoto das áreas regulares até as estações de tratamento. Entre 2011 e 2015 estão sendo aplicados US$ 2 bilhões.
Outra iniciativa do Governo do Estado e da Sabesp é o Programa Se Liga na Rede. A iniciativa faz, de graça, obras dentro dos imóveis das famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de esgoto. Até 2014, mais de 40 mil moradias serão conectadas à rede. Todo o projeto prevê 192 mil ligações, beneficiando 800 mil pessoas no Estado e ampliando o resultado dos investimentos bilionários em andamento, já que mais esgoto será enviado para tratamento.
Compromisso de todos nós
As obras de infraestrutura de saneamento básico tiveram início em 1995, com o Projeto Tietê, e estarão concluídas em 25 anos (a despoluição do rio Tâmisa, na Inglaterra, levou 100 anos e a do rio Sena, na França, 70 anos; o Potomac, em Washington, EUA, levará mais de 150 anos). A mancha de poluição do rio Tietê recuou 160 km, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. Se antes chegava a Barra Bonita (260 km da capital), hoje está em Salto (100 km de SP). Cidades como Porto Feliz, Tietê, Anhembi e Barra Bonita voltaram a ter lazer, pesca e turismo no rio.
Mas a despoluição do Tietê e dos demais rios da Grande São Paulo depende de muitas outras ações. A sujeira vem também do lixo jogado nas ruas ou mal varrido, das ligações clandestinas de esgoto, da regularização de imóveis em área irregular. A fuligem dos carros e a poluição do ar, por exemplo, são levadas para dentro dos rios quando chove. Assim como as fezes de animais e as bitucas de cigarro. Limpar o Tietê é um compromisso de todos nós.
A limpeza dos rios depende também das obras de outras empresas de saneamento. O Tietê recebe água de 34 das 39 cidades da Grande São Paulo (Guararema, Juquitiba, Santa Isabel, São Lourenço da Serra e Vargem Grande Paulista não fazem parte da bacia do Alto Tietê). A Sabesp atua em 28 desses 34 municípios. Nos outros seis (Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Santo André e São Caetano do Sul), onde vivem 3 milhões de pessoas, também é preciso coletar e tratar todo o esgoto. Dessas, São Caetano destaca-se por enviar todo o esgoto para tratamento na ETE ABC, da Sabesp.
As novas obras
Toda a Região Metropolitana de São Paulo
Uma das obras autorizadas pelo governador Geraldo Alckmin nesta quarta-feira é a ampliação da capacidade de tratamento da ETE Barueri, que chegará a 16 mil litros por segundo. Hoje a estação trata o esgoto de 4,5 milhões de pessoas. Com o investimento, passará a tratar o esgoto de mais 3 milhões de moradores dos bairros próximos ao rio Pinheiros e de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra. O investimento de R$ 355 milhões vai ainda mais longe, pois é fundamental na despoluição do rio Tietê na Grande São Paulo.
Arujá e Itaquaquecetuba
Novos coletores-tronco também vão enviar para tratamento os esgotos do Caputera e do Distrito Industrial, em Arujá, e do Jardim Caiuby, Jardim Maragogipe, Jardim Odete, Jardim Pinheirinho e Vila São Carlos, em Itaquaquecetuba.
Barueri
Em Barueri, serão instalados o coletor-tronco Dom José e o interceptor Tietê ITi-4. Com isso, 70 mil moradores da Chácara Marco, Jardim dos Camargos, Jardim Tupancy, Jardim Esperança, Jardim Silvestre e Vila Porto terão seus esgotos enviados para tratamento. A obra custará R$ 28 milhões.
São Bernardo do Campo
Serão implantadas grandes tubulações em São Bernardo do Campo, na região da Anchieta, no Centro, no Demarchi e no Riacho Grande.
São Paulo
Na capital, serão instalados novos coletores-tronco na zona norte (Jaçanã, Parada Inglesa, Tremembé, Tucuruvi, Vila Mazzei, Vila Gustavo e Vila Medeiros) e na zona sul (Jardim Celeste, Jardim Santa Emília, Parque Bristol e Vila Liviero). Além disso, haverá reforço nas redes coletoras e novas ligações residenciais de esgoto nas regiões do Ipiranga, Jardins, Mooca e São Mateus.
Suzano
Ganhará coletores-tronco para enviar para tratamento o esgoto dos bairros Boa Vista e Jardim São José, na zona norte da cidade.
Mais saúde e valorização dos imóveis
O investimento em saneamento é garantia de mais saúde para a população. Entre os principais benefícios de ter coleta e tratamento de esgoto está a redução dos gastos em saúde e da mortalidade infantil. O índice no Estado de São Paulo em 2011 ficou em 11,5 óbitos de crianças com menos de um ano a cada mil nascidas vivas, contra 31,2 em 1990. A queda foi de 63% nesse período. Um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) também corrobora os benefícios: mostra que, para cada R$ 1 investido em saneamento, são economizados R$ 4 com gastos em saúde.
O acesso à rede de esgoto garante ainda valorização média de 18% no valor dos imóveis, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Trata Brasil.
Fonte: Sabesp (Tratamento de Água)

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