quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bactérias modificadas podem consertar rachaduras de concreto


Cientistas projetaram uma bactéria que pode produzir uma cola especial que “remenda” rachaduras em estruturas de concreto. A bactéria alterada pelos pesquisadores se chama Bacillus subtilis e é comumente encontrada no solo. A equipe a apelidou de “BacillaFilla”.
O micróbio geneticamente modificado foi programado para “nadar” entre as rachaduras finas de concreto e, uma vez no fundo, ela produz uma mistura de carbonato de cálcio e cola bacteriana. Esta cola se combina com células de bactérias filamentosas, que endurece na mesma resistência do concreto em volta e “junta” as paredes do edifício novamente.
O processo é bem simples. Uma vez que as células da bactéria germinem no concreto, elas enchem as rachaduras, e são capazes de sentir quando chegam ao fundo, por causa da aglomeração das bactérias. Essa aglomeração ativa o processo de reparação do concreto, e as células se diferenciam em três tipos: as que produzem cristais de carbonato de cálcio, as que se tornam filamentosas (atuando como reforço de fibras) e as que produzem uma cola que atua como um agente de ligação e preenche a lacuna.

O objetivo dos pesquisadores, ao desenvolver essa bactéria, era prolongar a vida útil das estruturas e edifícios, que são ambientalmente muito caros. Segundo eles, cerca de 5% de todas as emissões de dióxido de carbono são provenientes da produção de concreto, o que se torna uma contribuição significativa para o aquecimento global. Encontrar uma forma de prolongar a vida útil das estruturas existentes significa que o impacto ambiental pode ser reduzido com uma solução mais sustentável.
Os pesquisadores ainda afirmam que a bactéria pode ser particularmente útil em zonas de terremoto, já não há atualmente nenhuma maneira fácil de consertar as rachaduras e torná-las estruturalmente sólidas.
Os pesquisadores também consideraram os potenciais riscos da bactéria para o ambiente. Os esporos da “BacillaFilla” só começam a germinar quando fazem contato com o concreto, desencadeados pelo pH muito específico do material. Assim, elas têm um gene que impede que se proliferem longe do concreto. 

Fonte:LiveScience

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