Entre as cidades de Vitória e Vila Velha, no Espirito Santo, fica localizada uma ponte espetacular! Uma vista linda e uma obra incrível da tão temida engenharia. A Terceira Ponte, em registro Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, é a principal via que une a capital à cidade de Vila Velha e suporta uma imensa quantidade de veículos todos os dias. Sua idealização foi no ano de 1973, mas só foi inaugurada em agosto de 1989. É a maior construção que o estado já viu e uma das maiores do Brasil. Sua beleza estampa cartões postais da cidade e do estado como um todo!!
Especificações técnicas:
Seus 3,3 km de extensão são suportados por nada menos que 61 pilares. O vão livre entre cada um deles tem 260 metros, sendo que no central, a altura é de 70 m, o que permite que os navios de grande porte passem por baixo e tenham acesso à baía de Vitória. A manutenção é feita pela Concessionária Rodosol desde 1998, e tem os direitos até o ano de 2023.
É cobrado o pedágio para que tudo esteja na mais perfeita ordem. A praça de cobrança é bem ampla e conta com 15 pistas, sendo 12 de cobrança comum, paga em dinheiro, e 3 de livre acesso para débito automático, aquelas que são liberadas por um sensor. O sistema de monitoramento é de última geração e conta com equipe de manutenção mecânica e de emergência médica, além de um sistema de iluminação que funciona muito bem e embeleza ainda mais essa grande obra. São nada menos que 250 pontes e 250 lâmpadas instaladas. Passas pelas proximidades a noite é um espetáculo!
O fluxo de carros é o que chama muita atenção. Desde que foi inaugurada, ele teve aumento de 450%. Pelas suas 4 pistas, diariamente, passam quase 58 mil veículos. Quando começou a funcionar, apenas 12 mil eram registrados. Obviamente, com esse grande aumento no fluxo, vários congestionamentos se formam, principalmente nos horários de pico. Durante o percurso há dois painéis eletrônicos que servem para manter contato entre empresa e cliente, que fica sabendo principalmente de como está o tráfego.
Construção:
Até que a ponte ficasse pronta, como sempre, há aquela grande quantidade de problemas e imprevistos. Apenas em 1975, 5 anos depois de sua idealização e projeto que ela começou a ser construída. O governo da época, que tinha apenas mais um ano de mandato, pôs em execução e chegou as obras dentro da água foram iniciadas. A primeira paralisação não demorou muito para chegar, como acontece a maioria das vezes. Em 1980 a população viu a maquinaria saindo de cena e a obra sendo interrompida por 4 anos. Neste meio tempo, em 1992, houve uma tentativa de privatizar a concessão da construção, mas não foi recomendada, pois a cobrança do pedágio seria cara devido ao pouco fluxo de carros previsto na época.
Governo vai, governo vem, os anos 80 foram de grande intensidade. Entre 83 e 89 houve grande progresso e por pouco não foi inaugurada. Mais um governo se foi e em 1987 foi anunciada a inauguração da iluminação da ponte. Isso mesmo, apenas a iluminação. Um show pirotécnico tomou conta dos céus das cidades, e foi só isso, a ponte ainda estava em fase final de construção e não poderia ser liberada ao público. Nesse ano o preço total já ultrapassava os 130 milhões de dólares, e ainda inacabada, precisaria de mais 23,5 para terminar, dinheiro esse que não constava nos cofres estaduais.
A solução foi passar os direitos da ponte, com a cobrança de pedágio, para uma empreiteira que finalizaria a obra e atuaria junto a organização por 10 anos. A “Operações de Rodovias Ltda” foi a “felizarda”. Em 1989 as obras finalmente foram finalizadas e pode ser inaugurada. A previsão era de que ficaria pronta em 1980, o que, sem dúvidas, gerou uma grande dívida para o governo capixaba.
Como esperado, após 10 anos de funcionamento, a concessão à antiga empresa acabou. O povo esperava que ali acabasse a cobrança de pedágio, mas se enganou. O governo da época deu a concessão à Rodosol, que por 25 anos estará na gestão de toda a construção. Várias obras foram feitas para a melhora e manutenção de tudo aquilo que já funcionava bem, e a cobrança continuou.
Certo, como toda a construção, isso pode ser um problema, mas felizmente não ofusca a beleza que essa imensa construção carrega, nem a forma como agrega a paisagem da linda baía de Vitória e de suas belíssimas praias, sem contar o espetacular Convento da Penha, que fica ao fundo.
Fontes: Wikipedia, Terceira Ponte.
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